sábado, 25 de março de 2023

DISCIPLINA INTERINSTITUCIONAL: SABERES, PRÁTICAS E POLÍTICAS DE NATUREZA 2


Título da Disciplina: Saberes, Práticas e Políticas de Natureza II

 

DOCENTES E INSTITUIÇÕES

 

*Programa de Pós-graduação em Geografia (PPGEO/UEPG)


Prof. Dr. Nicolas Floriani


Prof. Dr. Almir Nabozny

*Programa de Pós-graduação em Sociologia (PGSOCIO/UFPR)

Prof. Dr. Dimas Floriani 

*Programa de Pós-graduação em Meio Ambiente e Desenvolvimento PPGMADE (UFPR)

Prof. Dr. Dimas Floriani 

*Programa de Pós-graduação em Geografia PPGEO (UNIR)

Prof. Dr. Adnilson de Almeida Silva

*Programa de Pós-graduação em Desenvolvimento Socioespacial e Regional (PPDSR-UEMA)

Profa. Dra. Rosirene Lima Martins 

*Programa de Pós-graduação em Geografia PPGEO (UFAC)

Prof. Dr. Alexsande Oliveira Franco 

 

Período: primeiro semestre de 2023 (na dependência do calendário oficial das IES)

Carga horária: 60h

 

 

Ementa:  

A partir das reflexões teórico-metodológicas desenvolvidas em "Saberes, Práticas e Políticas de Natureza I", essa disciplina tem como objetivo avançar em termos de estudos dirigidos para a produção de textos na área da ecologia política.

 

 

JUSTIFICATIVA

A abordagem inter e transdisciplinar do conhecimento local da natureza emerge do contexto da crise paradigmática da ciência moderna e da necessidade de se abrir para dialogar com outros saberes. Incluído nesta categoria está o patrimônio tangível e imaterial das coletividades que, a partir de seus territórios, buscam resistir e reafirmar suas identidades diante da modernização e racionalização de seu modo de vida. Baseia-se, portanto, na necessidade de se abrir para dialogar com outros saberes. Neste contexto dialógico, questiona-se "até que ponto é possível reconstruir cientificamente um sistema de pensamento ou classificação da natureza dos indivíduos pertencentes a diferentes sociedades culturais?" (VIERTLER, 2002: 21). Trata-se, talvez, de um método interpretativo de fala e práticas sociais, como o conhecimento científico e não científico (FLORIANI, 2010). Fala, então, da necessidade de um método de abordagem da ciência do "OUTRO", ou seja, de uma ciência que possua uma cultura específica, para melhor, de uma etnociência baseada em uma descrição densa da ciência do outro, construída a partir do referencial da academia (CAMPOS, 2002). Assim, a abordagem complexa da ecologia de práticas e saberes deve possibilitar a interpretação das narrativas científicas e do conhecimento local sobre os fenômenos espaciais (território dos coletivos humanos e quase humanos) e históricos (tempos sociais e biológicos) que moldam identidades socioterriais, que moldam a diversidade paisagística dos territórios tradicionais e alternativos. (ESCOBAR, 1999; VIVEIROS DE CASTRO, 2002; LATOUR, 2001; SOUSA SANTOS, 1996; BARRERA-BASSOL Y FLORIANI, 2016; FLORIANI Y FLORIANI, 2020).

 

 

 

Objetivos Específicos

 

·         Organizar Mesa-redonda sobre a produção mais recentes dos docentes envolvidos na disciplina.

·         Organizar Seminários e Orientar a produção de texto conforme os eixos temáticos discutidas na Disciplina "Saberes, Práticas e Políticas de Natureza I".

 

 

Metodologia

Apresentação de Mesa-Redonda com os professores da disciplina, orientação em grupos conforme eixo temático; Organização de seminários para apresentação da produção científica conforme eixos temáticos.

 

Cronograma

 

Cronograma (2023)

                       Conteúdo

31/03 – Professores

Apresentação da Disciplina

14/04 – Professores

Mesa Redonda: questões e temas atuais de pesquisa

28/04 – Produção de texto

Orientações: Problematização e contextualização

05/05 – Produção de texto

Orientações: Problematização e contextualização

12/05 – Produção de Texto

Orientações: Problematização e contextualização

19/05 – Seminários

Apresentação de texto – parte 1

26/05 – Produção de Texto

Orientações: Desenvolvimento: Discussão teórico-metodológica

02/06 – Produção de Texto

Orientações: Desenvolvimento Discussão Teórico-metodológica

16/06– Seminários

Apresentação de texto – parte 2

23/06 – Produção de Texto

Orientações: Resultados/Considerações

30/06 – Produção de Texto

Orientações: Resultados/Considerações

07/07 – Produção de Texto

Orientações: Resultados/Considerações

14/07 – Seminários (manhã e tarde)

Apresentação de texto – parte 3

 

 

 

 

BIBLIOGRAFIA RECOMENDADA

 

Nicolas FLORIANI

 

1.    FLORIANI, N.; FLORIANI, D.; SILVA, A.A.; HALISKI, A.M. Territorializações agroecológicas: saberes, práticas e políticas de natureza em comunidades rurais tradicionais do Paraná. Estudos Sociedade e Agricultura, v. 30, p. e2230103, 2022. Territorializações agroecológicas: saberes, práticas e políticas de natureza em comunidades rurais tradicionais do Paraná | Estudos Sociedade e Agricultura (revistaesa.com)

 

2.    FLORIANI, D.; FLORIANI, N. Ecología de las prácticas y de los saberes para el desarrollo local: territorios de autonomía socioambiental en algunas comunidades tradicionales del centro-sur del Estado de Paraná, Brasil. POLIS (SANTIAGO. EN LÍNEA), v. 56, p. 24-39, 2020. Ecologia das práticas e dos saberes para o desenvolvimento local: territórios de autonomia socioambiental em algumas comunidades tradicionais do centro-sul do Estado do Paraná, Brasil (openedition.org)

 

3.    BARRERA-BASSOLS, N. (Org.); FLORIANI, N. (Org.). Saberes, Paisajes y Territorios Rurales de America Latina. 1. ed. Nariño: Editora de La Universidad del Cauca, 2018. v. 1. 314p. (16) (PDF) Apresentacao Livro Saberes, Paisagens e Territorios Rurais da America Latina (researchgate.net)

 

4.    FLORIANI, Nicolas; SKEWES, J.C.; RIOS, F.T.; SILVA, A.A.; HALISKI, A.M.; SHIRAISHI NETO, J. Territorialidades da Convivencialidade e do Sentirpensar as Florestas Comunitárias Tradicionais da América Latina. Desenvolvimento e Meio Ambiente (UFPR), n. 50, 2019. 5. Territorialidades da convivencialidade e do sentirpensar com as florestas comunitárias tradicionais na América Latina | Floriani | Desenvolvimento e Meio Ambiente (ufpr.br)

 

5.    FLORIANI, N.; CARVALHO, S.M. Sustentabilidade Latente e Resiliência Socioecológica da Floresta Faxinalense. In: CARVALHO, S.M.; FLORIANI, N. (Org.). Faxinal Taquari dos Ribeiros: diálogos interdisciplinares, sustentabilidade e etnoecologia. 1ed.Ponta Grossa: UEPG, 2017, v. 1, p. 11-24 (16) (PDF) APRESENTAÇÃO: Sustentabilidade Latente e Resiliência Socioecológica da Floresta Faxinalense (researchgate.net)

 

6.    FLORIANI, N.; RIOS, F.T.; FLORIANI, D. Territorialidades alternativas e hibridismos no mundo rural: resiliência e reproduçao da sociobiodiversidade em comunidades tradicionais do Brasil e Chile meridionais. Polis (Santiago. en Línea), v. 12, p. 73-94, 2013. polis34_16.p65 (conicyt.cl)

 

 

Almir Nabozny

1. ALISTE, E; NÚÑEZ, A. Las fronteras del discurso geográfico: El tiempo y el espacio en la investigación social. Chungara Revista de Antropología Chilena. v. 47, n.02, p.287-301. 2015.

2. BERDOULAY, V. El Sujeto, El lugar y La Mediación del Imaginario. In: LINDÓN, A; HIERNAUX, D (orgs.). GEOGRAFÍAS de lo imaginario. Barcelona: Anthropos Editorial;México: Universidad Autónoma Metropolitana. Iztapalapa, 2012. p.49-65.

3. CLAVAL, P. Epistemologia da Geografia. Florianópolis: UFSC, 2011.

4. DARDEL, E. O Homem e a terra: natureza da realidade geográfica. São Paulo Perspectiva,2011.

5. DIAS, L. C.; FERRARI, M. (orgs). Territorialidades humanas e Redes Sociais. Florianópolis:Insular, 2011.

6. ESCOLAR, M. Crítica do discurso geográfico. São Paulo: HUCITEC, 1996.

7. NOGUÉ, J; ROMERO, J. (orgs.). Las otras Geografías. Valencia: Ed. Tirant La Blanch, 2006.

8. PEREIRA, H. G. Sobre a conceptualização contemporânea do “espaço” na cultura ocidental. Finisterra, L, 100, p.67-80. 2015. doi: 10.18055/Finis7864

9. SANTOS, M; SOUZA, M. A. A de (orgs.). O Espaço Interdisciplinar. São Paulo: Nobel, 1986.

10. SOUZA, M. L de. Os conceitos fundamentais da pesquisa sócio-espacial. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2013.6.

 

Dimas Floriani (DF)

1- Origem e racionalidade das ciências disciplinares da natureza e da sociedade – DF

2- Nuevos sentidos para una ciencia socioambiental – DF

3- Interdisciplinaridade em Ciência, Tecnologia & Inovação – (capítulos do livro organizado por Arlindo Philippi Jr et alii)

4- Interdisciplinariedad y sistemas complejos – Rolando García

5- Os usos sociais da ciência – Pierre Bourdieu

6- Compreender o funcionamento dos sistemas: do equilíbrio mecânico à complexidade dinâmica – (cap. 4) do livro de Kate Raworth (A Economia Donut)

7- Por uma epistemologia da diversidade (cap. 1 do Livro Crítica da Razão Ambiental) – DF

8- La metáfora del holograma social – Pablo Navarro

9- Teorias socioecológicas e abordagens de problemas socioambientais: epistemes e racionalidades plurais – DF (já publicado em Livro. Desconsiderar o lembrete para não citar)

10- Ciência, etnociências e saberes locais – DF – já publicado em livro. Desconsiderar o lembrete para não citar.

11- A ciência em uma sociedade livre – Paul Feyerabend

12- Um discurso sobre as ciências – Boaventura de Sousa Santos

13- Tópicos e referência a textos – autores, para a aula de Filosofia da ciência – Arturo Argueta e Maya Lorena Pérez Ruiz

14- Ruído e Determinismo – diálogos espinosistas entre antropologia e biologia – Henri Atlan

15- A política errou ao ignorar a ciência – entrevista com Carlo Rovelli

16- A questão ambiental na contemporaneidade – DF

17- O Meio ambiente: signo negativo da modernidade ou alegoria de ultraje à natureza? – DF

18- As retóricas da sustentabilidade - DF

 

Adnilson Almeida Silva

1. ALMEIDA SILVA, Adnilson de. Expressões, Vivências e Representações Indígenas da e na Amazônia. 1. ed. Porto Velho: Temática Editora, 2021. v. 1. 424p . Disponível em:  https://bit.ly/expressoes-indigenas-Adnilson

2. ALMEIDA SILVA, Adnilson de. A territorialidade Kawahib e algumas representações do pós-contato. La territorialidad Kawahib y algunas representaciones de post-contacto. In: Narciso Barrera-Bassols; Nicolas Floriani. (Org.). Saberes locales, paisajes y territorios rurales en América Latina. 1.ed.Popoyán: Universidad del Cauca, 2018, v. 1, p. 103-130. Disponível em: https://patrimoniobiocultural.com/archivos/publicaciones/libros/Sabereslocalespaisajesyterritorios.pdf

3. MEDEIROS, Tássia Karina Alexandre de; ALMEIDA SILVA, Adnilson; SURUÍ, Gasodá Wawaeitxapôh; ARAÚJO FILHO, Isaac Costa; FLORIANI, Nicolas. Os etnoconhecimentos botânicos dos Paiterey e as repercussões no território: uma prévia análise na Aldeia Paiter da Linha 09 - Terra Indígena Sete de Setembro. Confins (Paris), v. 3, p. 1-36, 2018. Disponível em: https://journals.openedition.org/confins/13516

4. SANTANA, Francisco Marquelino; SILVA, Josué da Costa; ALMEIDA SILVA, Adnilson de. Wari’: conversão, identidade cultural e marcadores territoriais na Terra Indígena Igarapé Laje em Rondônia. Ateliê geográfico (UFG), v. 14, p. 112-141, 2020. https://revistas.ufg.br/atelie/article/view/58456/35261

5. PACHECO, Lino Meneses; GORDONESY, Gladys; BRICEÑO; Jacqueline Clarac de. Lecturas Antropológicas de Venezuela. 1.ed. Mérida: Editorial Venezolana, 2007. Disponível em: https://pt.scribd.com/doc/272386140/LECTURAS-ANTROPOLOGICAS-DE-VENEZUELA-blog-pdf

6. CASTRO, Álvaro A. García; HEINEN, H. Dieter. Planificando el desastre ecológico: Impacto del cierre del caño Manamo para las comunidades indígenas y criollas del Delta Occidental (Delta del Orinoco, Venezuela).  Antropologica, n.91, 1999: 31-56. http://www.fundacionlasalle.org.ve/userfiles/ant_No_91_31-56.pdf.

As aulas do professor Adnilson de Almeida Silva serão remotas e o link será enviado após matrículas na disciplina.

 

Rosirene Lima Martins

1.    BOFF, L. O cuidado essencial: princípio de um novo ethos. https://revista.ibict.br/inclusao/article/view/1503/1689 .

2.    DARDOT, P. & LAVAL C. Comum:  ensaio sobre a revolução no século XXI. São Paulo: Boitempo, 2017. III – Proposições Politicas 1,2,3,4,5,6.

3.    HARAWAY, D. Situated Knowledges: The Science Question in Feminism and the Privilege of Partial Perspectives", Feminist Studies, 14 (1988) 575–599.

4.    MASSEY, D. Pelo Espaço: uma nova política da espacialidade. Rio de Janeiro:  Bertrand Brasil, 2008. Parte Cinco: Uma política relacional do espacial. Capítulos  14, 14 e 15.

5.    NETO, J. S.;  LIMA, R. M.; ALCOBAÇA L. E. de.  Saberes e práticas tradicionais em movimento: a comunidade do Maracanã na rota de um projeto global. Novos Cadernos NAEA v. 21, n. 1, p. 99-115, jan-abr 2018, ISSN 1516-6481 / 2179-7536

6.    SHIVA, V. La mirada del ecofeminismo (tres textos). Polis [En línea], 9 | 2004, Publicado el 22 octubre 2012, consultado el 19 abril 2019. URL : http://journals.openedition.org/polis/7270

 

 

Alexsande Oliveira Franco

1.    1. Áreas Naturais Protegidas Brasileiras: gestão, desafios, conceitos e reflexões. Campo Grande: Editora Inovar, 2021. 186p. Organizadores: FRANCO, Alexsande de Oliveira; BENTO, Victor Régio da Silva.

 

2.    FRANCO, Alexsande de Oliveira. (Des) funcionalidades em modelos de gestão territorial e seus reflexos em comunidades tradicionais e rurais da Amazônia Sul Ocidental / Alexsande de Oliveira Franco. Ponta Grossa, 2019. 331 f.

 

3.    Governança ambiental no Brasil: instituições, atores e políticas públicas / organizadora: MOURA, Adriana Maria Magalhães. Brasília: Ipea, 2016. 352 p.

 

4.    PELLIZZARO, Patrícia Costa; HARDT, Letícia Peret Antunes; HARDT, Carlos; HARD, Marlos HARDT; SEHLI, Dyala Assef. Gestão e manejo de áreas naturais protegidas: contexto internacional. Ambiente & Sociedade n São Paulo v. XVIII, n. 1 n p. 21-40, jan.-mar. 2015.

 

5.    SILVA, Ana Tereza Reis. Áreas protegidas, populações tradicionais da Amazônia e novos arranjos conservacionistas. Revista Brasileira de Ciências Sociais - vol. 34, n° 99, 2019.

 

6.    TOURNEAU, François-Michel Le; BURSZTYN, Marcel. Assentamentos rurais na Amazônia: contradições entre a política agrária e a política ambiental. Ambiente & Sociedade, Campinas v. XIII, n. 1, p. 111-130, jan.-jun. 2010.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

segunda-feira, 26 de dezembro de 2022

NEA TERRITORIO FAXINALENSES: PRINCIPIOS, OBJETIVOS, MÉTODO E ALGUNS OBJETIVOS

 Apresentamos o vídeo institucional sobre o NEA Territórios Faxinalenses tratando dos seus princípios, objetivos, método de pesquisa e extensão e alguns resultados alcançados desde sua instalação a partir de medos de 2020.


quarta-feira, 16 de novembro de 2022

Evento Agroecologias em Movimento: identidade e região como contraponto criativo da biopolítica em novos tempos democráticos









 Na última quinta-feira (08), o Núcleo de Estudos e Capacitação Sociotécnica de Populações Tradicionais em Agroecologia nos Territórios Faxinalenses (NEA Territórios Faxinalenses),  projeto de pesquisa e extensão executado pelo Grupo Interconexões, da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), celebrou três anos de existência com o evento “Agroecologias em Movimento: identidade e região como contraponto criativo da biopolítica em novos tempos democráticos”, no Centro Tecnológico de Pesquisa em Ciências Humanas e Sociais Paulo Freire (Cetep-UEPG).

O encontro promoveu o debate sobre o papel da agroecologia e agricultura familiar na sociedade, com foco em alianças entre comunidade e atores sociais, como grupos, governo e diferentes lideranças. Além das palestras, ocorreu o lançamento do livro “Territorialidades Ecológicas: Autonomia Socioambiental, Desenvolvimento Local”, elaborado pelos participantes do NEA, Nicolas Floriani e Dimas Floriani, com participação de outros pesquisadores da UEPG e de Universidades parceiras. A obra sistematiza os três anos de pesquisa e extensão, com resultados e reflexões sobre as práticas alternativas de produção no agro. 

 

Na presença de autoridades, pesquisadores e comunidade, foi lançado o software “Sistema Eletrônico de Certificação Agroecológica Participativa”, elaborado para promover a democratização do processo de certificação da garantia de qualidade de produtos e processos agroecológicos e orgânicos. O professor Nicolas Floriani, coordenador do NEA, explica que o sistema permite maior transparência aos processos de produção. “O sistema foi elaborado buscando abrir a caixa preta da autenticação para o produtor, criando um sistema interno, onde as associações vão garantir a qualidade dos produtos, desburocratizando o processo todo”, enfatiza.


Profa. Telma R. Stroparo (UNICENTRO-Irati)


Professores Gustavo C. Barh (IFPR-Telêmaco Borba) e Almir Nabozny (UEPG)

Prof. Dimas Floriani (UFPR) e demais participantes do Evento.


Mestranda Fernanda de Arruda Paes (Interconexões, PPGEO/UEPG)



Da direita para esquerda, André Jantara (AS-PTA), Cleusi Bobato Stadler (Coletivo Triunfo), Antônio Ostrufka (ASAECO), Marilei Ferreira (Faxinal Sete Saltos de Baixo)


O evento promoveu também um espaço de exposição de Produtos Orgânicos e da agrobiodiversidade regional das Unidades de referência agroecológicas do projeto, onde os agricultores e agricultoras puderam falar sobre suas experiências com o NEA enfatizando os saberes agroecológicos associados à reprodução do patrimônio material na busca pela autonomia socioambiental e pelo bem viver.




Antônio Silvestre Leite e Janete Leite da Unidade de Referência Agroecológica de Faxinal dos Galvão, município de Imbituva, Paraná.


O evento encerrou com a premiação dos “Agroecologistas do Ano” dos Territórios Faxinalenses, para valorizar o trabalho dos produtores nas comunidades na área de agricultura e ecologia. Foram duas famílias de agroecologistas premiadas: Aparecida de Fátima Machado Teixeira e Antônio Ostrufka, de Itaiacoca, distrito de Ponta Grossa, e Maria Janete Leite, Antonio Silvestre Leite e Ricardo Leite, de Faxinal do Galvão, distrito de Imbituva. 


Sobre o NEA

O NEA Territórios Faxinalenses é um projeto financiado pelo Conselho Nacional de Pesquisa (CNPq) e abre espaço para produção e discussão sobre saberes, práticas e demais assuntos ligados à agroecologia regional. Nicolas comenta que a agroecologia se propõe a saber o que não é universalizante e que se adapta às condições locais. “Então, ao estudar isso, estamos falando também da valorização do patrimônio imaterial da agroecologia e a história da região, promovendo autonomia ambiental, social e econômica, frente a outros modelos produtivos”. 

A UEPG, através do NEA, conectou poder público em cinco municípios  – Imbaú, Imbituva, Ponta Grossa, Irati e Ivaí, junto com associações de agricultores, cooperativas e também com instituições de extensão rural do Estado. “Esses novos arranjos permitiram dar o protagonismo aos pequenos produtores, legitimados pela parceria com as Universidades, o que dá condições para ter suas decisões respeitadas”, salienta o professor


O projeto também promove o protagonismo e o empoderamento social, além de incentivar a agroecologia e vocação empreendedora dos produtores, segundo o professor. “A autonomia dos produtores junto à responsabilidade socioambiental  permitiu que eles resistissem a projetos de modernização do espaço rural. Assim, mesmo que existam commodities que ditam as formas da economia e atuação, as comunidades e agricultores locais podem manejar sua própria situação”, enfatiza.



DISCIPLINA INTERINSTITUCIONAL: SABERES, PRÁTICAS E POLÍTICAS DE NATUREZA 2

Título da Disciplina: Saberes, Práticas e Políticas de Natureza II   DOCENTES E INSTITUIÇÕES   * Programa de Pós-graduação em Geogra...